quarta-feira, 23 de julho de 2008

Precipício...

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Se hoje me encontro no desfiladeiro,
No abismo onde a dor é fácil de curar,
Clamo a Deus pelo amor verdadeiro,
Daquela que o beijo não pude provar.

Pus-me incessantemente a escalar,
A imensa elevação de onde tudo se vê,
O desespero de sofrer não me fez deter,
O topo da montanha há de me salvar.

Na subida mil pensamentos vejo emergir,
E no ouvido uma voz posso escutar,
Pedindo aos céus para eu desistir,
O topo da montanha há de me salvar.

Tantas mágoas me põem a refletir,
No trajeto difícil para superar,
Os afagos dela nunca vou sentir,
O topo da montanha há de me salvar.

Chegando ao cume quero me redimir,
Dos pecados que na terra pude praticar,
O sofrimento de não te-la eu vou banir,
O topo da montanha vai me libertar...



Rodrigo Cézar Limeira

bons sonhos...

terça-feira, 22 de julho de 2008

Antes Que Seja Tarde Demais

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Contenha-me com ímpeto de suas mãos,
Envolva-me com o fervor de seus braços,
Ao principiar à tarde tenha-me completamente.

Faça isso, eu imploro,
Antes do último pôr do sol de minha vida,
Quando não mais houver a alvorada,
E a mim só restar a noite,
Sem mais ter lágrimas a derramar,
Só as suas sobre minha face.

Você em matéria, eu em espírito,
No momento mais crucial da vida.


Rodrigo Cézar Limeira

bons sonhos...

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Casamento...37º aniversário...

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O amor de um homem por uma mulher é muito mais profundo e verdadeiro quando Deus acontece primeiro na vida do casal.
Hoje eu sei o quanto é bom saber que existe alguém para amar e sentir o carinho com expressão desse amor, principalmente se ele é verdadeiro e alicerçado em uma promessa de fidelidade e respeito por parte dos dois que se amam e querem fazer desse amor um exemplo de relacionamento alimentado pelo carinho de Deus em nossas vidas.
Apesar de todas as dificuldades que enfrentamos o amor que sentimos um pelo o outro e a confiança que temos nesse Deus que nos uniu é muito maior que qualquer coisa que possa surgir para tentar tirar a certeza que temos em nosso coração.
Eu quero que todas as coisas sejam sempre lindas e pacíficas entre nós.
Querido quero que saibas que sempre, nunca, nada vai me fazer esquecer o valor que você tem em minha vida e por tudo isso e muito mais, nunca espere de mim outra coisa se não o amor que eu sinto por ti.


bons sonhos...

terça-feira, 15 de julho de 2008

Plantando sementes pela vida...

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Um homem morava numa cidade grande e trabalhava numa fábrica.
Todos os dias ele pegava o autocarro e viajava cinquenta minutos até o trabalho.
À tardinha fazia a mesma coisa voltando para a casa.
No ponto seguinte ao que homem subia, entrava uma velhinha, que procurava sempre sentar na janela.
Abria a bolsa tirava um pacotinho e passava a viagem toda jogando alguma coisa para fora do autocarro.
Um dia, o homem reparou na cena. Ficou curioso. No dia seguinte, a mesma coisa.
Certa vez o homem sentou-se ao lado da velhinha e não resistiu:
- Bom tarde, desculpe a curiosidade, mas o que a senhora esta jogando pela janela?
- Boa tarde, respondeu a velhinha.
- Jogo sementes.
- Sementes? Sementes de que?
- De flor. É que eu viajo neste autocarro todos os dias. Olho para fora e a estrada é tão vazia.
E gostaria de poder viajar vendo flores coloridas por todo o caminho... Imagine como seria bom.
- Mas a senhora não vê que as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos... A senhora acha que essas flores vão nascer aí, na beira da estrada?
- Acho, meu filho. Mesmo que muitas sejam perdidas, algumas certamente acabam caindo na terra e com o tempo vão brotar.
- Mesmo assim, demoram para crescer, precisam de água...
- Ah, eu faço minha parte. Sempre há dias de chuva. Além disso, apesar da demora, se eu não jogar as sementes, as flores nunca vão nascer .
Dizendo isso, a velhinha virou-se para a janela aberta e recomeçou seu "trabalho".
O homem desceu logo adiante, achando que a velhinha já estava meio "caduca".
O tempo passou...
Um dia, no mesmo autocarro, sentado à janela, o homem levou um susto, olhou para fora e viu margaridas na beira da estrada, hortênsias azuis, rosas, cravos, dálias... A paisagem estava colorida, linda.
O homem lembrou-se da velhinha, procurou-a no autocarro e acabou perguntando para o cobrador, que conhecia todo mundo.
- A velhinha das sementes? Pois é, morreu de pneumonia no mês passado.
O homem voltou para o seu lugar e continuou olhando a paisagem florida pela janela. "Quem diria, as flores brotaram mesmo", pensou. "Mas de que adiantou o trabalho da velhinha?
A coitada morreu e não pode ver esta beleza toda".
Nesse instante, o homem escutou uma risada de criança.
No banco da frente, um garotinho apontava pela janela entusiasmado:
- Olha, mãe, que lindo, quanta flor pela estrada... Como se chamam aquelas azuis?
Então, o homem entendeu o que a velhinha tinha feito. Mesmo não estando ali para contemplar as flores que tinha plantado, a velhinha devia estar feliz. Afinal, ela tinha dado um presente maravilhoso para as pessoas.
No dia seguinte, o homem entrou no autocarro, sentou-se numa janela e tirou um pacotinho de sementes do bolso...

(Desconheço o Autor)


bons sonhos...