Entre o terror e a noite caminhei
Não em redor das coisas mas subindo
Através do calor das sua veias
Não em redor das coisas mas morrendo
Transfigurada em tudo quanto amei.
Entre o luar e a sombra caminhei:
Era ali a minha alma, cada flor
- cega, secreta e doce como estrelas-
Quando a tocava nela me tornei.
E as árvores abriram os seus ramos
Os seus enormes e convexos
E no estralho brilhar dos seus reflexos
Oscilavam sinais, quebrando ecos
Que no silêncio fantástico beijei.
poema de Sophia Mello Breyner Andresen
bons sonhos...
2 comentários:
não é o melhor de Sofia... mas fica a sua opinião no aspecto selectivo...imagem excelente.
bom domingo...passei
bjos
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